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Alan Porto é cobrado sobre falta de merendeiras nas escolas estaduais de MT


Secretário Alan Porto foi convocado por deputados para prestar esclarecimentos sobre a sobrecarga de trabalho e a carência de merendeiras nas escolas estaduais de Mato Grosso.


O secretário Alan Porto prestou esclarecimentos à Assembleia Legislativa nesta terça-feira sobre denúncias de falta de merendeiras nas escolas públicas estaduais de Mato Grosso.

O convite partiu dos deputados Janaína Riva e Henrique Lopes, após diversas queixas de sobrecarga enfrentada pelas profissionais da merenda escolar.

Participaram do debate representantes de sindicatos, profissionais da educação e merendeiras que relataram excesso de tarefas e falta de condições adequadas.

Janaína reconheceu avanços no cardápio escolar, mas alertou para o acúmulo de funções das merendeiras, que afeta diretamente a qualidade do atendimento aos alunos.

Ela também apontou falhas em escolas integrais, que ofertam menos refeições do que o previsto, prejudicando o cumprimento das metas nutricionais estabelecidas.

O secretário Alan Porto afirmou que o valor da merenda foi quadruplicado, e que há investimentos na valorização e profissionalização das equipes de nutrição escolar.

Segundo ele, em alguns casos os dados apresentados não refletem a realidade. Porém, admitiu a necessidade de apuração e levantamento detalhado em todas as unidades.

A merendeira Célia Costa relatou sobrecarga e tarefas múltiplas, ressaltando que não consegue manter a qualidade da alimentação com apenas uma profissional por turno.

Já a profissional Irani Dias alertou sobre jornadas exaustivas, utensílios precários e risco de adoecimento, cobrando mais dignidade para as equipes nas escolas.

Henrique Lopes defendeu o fim das “ilhas de excelência” e exigiu que o governo invista de forma equilibrada entre as 1.200 unidades escolares do estado.

O deputado ainda questionou se haverá concursos ou terceirizações, e cobrou resposta sobre como o governo pretende suprir a carência de servidores.

Valdeir Pereira, do Sintep-MT, criticou a falta de transparência e cobrou o cumprimento da portaria que determina um profissional por 250 alunos matriculados.

Ele exigiu que o governo publique o lotacionograma completo, para que a distribuição de servidores seja justa, clara e baseada na legislação atual.

Como encaminhamento, Assembleia e Seduc iniciarão um levantamento oficial da demanda real por merendeiras nas escolas estaduais, com participação da comunidade.

A Comissão de Educação irá receber os relatos diretamente das escolas, para repassar as informações à Seduc e cobrar soluções para o problema.

Alan Porto garantiu que os casos serão avaliados individualmente e que o governo vai assegurar alimentação de qualidade aos mais de 318 mil estudantes da rede.