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Proporção de evangélicos cresce no Centro-Oeste e atinge 31,4%, aponta Censo do IBGE

Levantamento do Censo 2022 revela aumento da população evangélica no Brasil, com destaque para o Centro-Oeste, que registra a segunda maior taxa do país.

A proporção de evangélicos na Região Centro-Oeste chegou a 31,4%, conforme os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (4).

O crescimento reflete uma tendência nacional. Segundo o levantamento, 26,9% dos brasileiros com 10 anos ou mais se identificam como evangélicos, consolidando a religião como a segunda mais seguida no país.

A Região Norte lidera com 36,8% da população evangélica. Já o Centro-Oeste aparece em segundo, seguido por Sudeste (28%) e Sul (23,7%). O Nordeste tem o menor índice: 22,5%.

Entre os estados com maiores proporções, estão o Acre (44,4%), Rondônia (41,1%), Amazonas (39,4%) e Amapá (36,4%). O Piauí tem a menor taxa: 15,6%.

O crescimento dos evangélicos de 2010 a 2022 foi de 5,3 pontos percentuais. Em 2010, representavam 21,6% da população. Em 2000, eram 15,1%.

Apesar do crescimento, o ritmo desacelerou. Entre 2000 e 2010, o avanço havia sido de 6,5 pontos percentuais. De 1991 a 2000, o aumento foi de 6,1 pontos.

Segundo o IBGE, os evangélicos predominam entre os jovens. Na faixa de 10 a 14 anos, 31,6% se declararam seguidores dessa fé em 2022.

A religião também apresenta maior presença feminina: 55,4% dos evangélicos são mulheres, número acima da média populacional feminina.

Além dos evangélicos, o Censo mostrou aumento no número de pessoas sem religião, passando de 7,9% em 2010 para 9,3% em 2022.

Também cresceu o número de seguidores de religiões de matriz africana (de 0,3% para 1%) e outras religiosidades (de 2,7% para 4%).

Enquanto isso, os católicos continuam caindo. Em 2022, eram 56,7% da população. Em 2010, somavam 65%. Em 2000, 74,1%.

A maior proporção de católicos foi registrada no Piauí (77,4%). A menor, em Roraima (37,9%). O Nordeste lidera regionalmente, com 63,9%.

O levantamento também aponta que os espíritas têm o maior nível de escolaridade: 48% têm ensino superior. Entre os evangélicos, esse número é de 14,4%.

Por outro lado, os católicos têm maior proporção de pessoas sem instrução: 38%, seguidos por evangélicos (34,9%) e tradições indígenas (53,6%).