Na 9ª fase da Operação Sisamnes, a Polícia Federal aprofunda investigações sobre corrupção judicial, envolvendo desembargadores, servidores e políticos, com ramificações no TJ-MT e STJ.

A Polícia Federal deflagrou a 9ª fase da Operação Sisamnes, investigando um esquema de venda de sentenças e vazamento de informações sigilosas no TJ-MT e STJ.

As investigações apontam que o procurador Ricardo Vicente da Silva e seu assessor Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador do Tocantins, estão envolvidos.

Thiago foi preso preventivamente, suspeito de intermediar o repasse de informações sigilosas sobre operações policiais em andamento, comprometendo investigações judiciais.

A operação também mira o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, acusado de intermediar a venda de sentenças em Mato Grosso, envolvendo desembargadores do TJ-MT.

Os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção e estão sendo monitorados.

A esposa de João Ferreira Filho, Maria de Lourdes Guimarães Filho, é investigada por participar do esquema, com transações imobiliárias suspeitas e aquisição de bens de luxo.

As investigações começaram após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em 2023, que revelou mensagens indicando a venda de sentenças judiciais.

A PF identificou uma rede clandestina de monitoramento e repasse de informações sigilosas, frustrando a efetividade de operações policiais autorizadas pelo STJ.

O ministro Cristiano Zanin, do STF, autorizou medidas cautelares, incluindo buscas, apreensões, bloqueio de bens e proibição de contato entre os investigados.

A operação destaca a necessidade de integridade no sistema judiciário, simbolizada pelo nome Sisamnes, juiz persa punido por aceitar subornos.