Contrato milionário firmado pela Prefeitura de Cuiabá para nova sede da Saúde levanta questionamentos de vereadores sobre gastos e possível favorecimento político.

A Prefeitura de Cuiabá firmou contrato de R$ 20 milhões em aluguel, gerando revolta entre vereadores que questionam a transparência e a coerência com a crise financeira.

Segundo o Executivo, o novo espaço será sede da Secretaria de Saúde e centralizará serviços, incluindo o SAE, atendimento a autistas e vítimas de violência.

O imóvel locado é a antiga sede da faculdade Unic Barão, na Avenida Barão de Melgaço, região central de Cuiabá, e terá aluguel mensal de R$ 320 mil.

O vereador Jeferson Siqueira denunciou o aumento de 113% no valor em relação ao contrato anterior, chamando de contradição frente ao decreto de calamidade financeira.

Para o parlamentar, não há coerência entre o discurso de contenção de despesas e a assinatura de contratos mais onerosos sem justificativas plausíveis e transparentes.

O vereador Dídimo Vovô apoiou as críticas e denunciou que a empresa locadora estaria em nome de um dos financiadores da campanha do atual prefeito de Cuiabá.

Ele classificou o contrato como um “absurdo” e exigiu que a Câmara Municipal investigue possíveis favorecimentos políticos com recursos públicos da saúde.

Já o vereador Adevair Cabral destacou que o SAE exige sigilo absoluto e que a centralização pode expor pacientes e prejudicar o atendimento de forma grave.

A vereadora Maysa Leão reforçou a crítica, afirmando que locais destinados a vítimas de violência precisam ser descentralizados para garantir acolhimento seguro.

Diante disso, os parlamentares cobram posicionamento imediato da Câmara de Cuiabá, exigindo explicações formais e medidas de fiscalização sobre o contrato.